O que é:
A colite (inflamação do cólon) pode ser causa por:
» Infeções - colite infeciosa
» Inflamação crónica do intestino - colite ulcerosa
» Radioterapia prévia - colite rádica
» Diminuição do fluxo sanguíneo - colite isquémica
» Etc.
Ao contrário da isquemia mesentérica, a colite isquémica só acontece no cólon e deve-se à redução temporária do fluxo sanguíneo. A diminuição do fluxo sanguíneo faz com que menos oxigénio chegue às células do cólon levando à sua lesão e destruição.
Habitualmente, a isquemia só atinge a cama interna no cólon (mucosa). No entanto, se a diminuição do fluxo sanguíneo for prolongada por levar à isquemia de todas as camadas do intestino (isquemia transmural).
Os principais fatores de risco para o aparecimento desta doença são a idade avançada, aterosclerose, alguns medicamentos, cirurgias abdominais prévias e algumas doenças como a diabetes.
Sintomas:
Os principais sintomas da colite isquémica são:
» Dor abdominal
» Distensão abdominal
» Diarreia com saída de líquido ensanguentado pelo ânus (tem um aspeto parecido com o líquido que sai da carne crua acabada de cortar - "água de lavar carne")
Diagnóstico:
Para chegar ao diagnóstico são necessários alguns exames:
» TC abdominal: permite excluir outras doenças como a causa dos sintomas, confirmar a colite, a sua extensão e gravidade (habitualmente faz-se no momento em que o doente apresenta os sintomas)
» Colonoscopia: permite confirma a colite e excluir outras doenças como a neoplasia intestinal (pode ser feito no momento em que o doente apresenta os sintomas ou depois do tratamento)
» Análise às fezes: por vezes é necessário realizar para excluir infeção
Tratamento:
Habitualmente, os doentes necessitam de ficar internados para realizarem soro (pela desidratação) e antibioterapia (com a mucosa destruída, as bactérias entram com maior facilidade na corrente sanguínea e poderiam levar a uma sépsis).
Ao fim de 2 ou 3 dias, a maioria dos doentes já está recuperado.
Raramente é necessário uma cirurgia. A necessidade de uma intervenção só se põem nas seguintes situações:
- Remoção do cólon que perfurou ou ficou necrótico (isquemia grave)
- Remoção do cólon que, ao cicatrizar, apertou (estenose) e impede a passagem das fezes
Felizmente, com o tratamento atempado e correto, a maioria dos doentes recupera rapidamente sem sequelas.
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