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Como tratar a apendicite aguda?


Nos últimos anos, tem existido cirurgiões que defendem o tratamento com antibiótico da apendicite aguda não complicada.


As vantagens do tratamento com antibiótico (Non Operative Treatment for Acute Appendicitis - NOTA) estão relacionadas com o evitar de possíveis complicações da cirurgia e da anestesia (como a hemorragia, infeção do local da cirurgia, aderências/bridas, complicações da anestesia geral e da intubação...) e a redução de custos.


Contudo, o tratamento com antibiótico também pode ter complicações relacionadas com os efeitos laterais dos antibióticos, a falência do tratamento que implicaria operar uma apendicite mais evoluída e o risco de novos episódios de apendicite (o facto de se tratar um episódio de apendicite aguda com antibiótico não evita que possa voltar a ter outros episódios).


Os estudos disponíveis na literatura médica não são unânimes a definir qual o melhor tratamento para a apendicite aguda não complicada, pelo que cada caso de apendicite deve ser discutido com o cirurgião sobre a melhor abordagem.


Atualmente, a minha opinião é que é preferível operar uma apendicite aguda não complicada por laparoscopia porque implica apenas um dia de internamento, há um retorno quase imediato às atividades de vida diárias (trabalho/escola) e o risco real de complicações é muito baixo.


Por outro lado, ao tratar com antibiótico uma apendicite aguda existe um risco de falência de tratamento que implica operar uma apendicite aguda mais evoluída, com risco de peritonite e das complicações associadas a essa infeção e mais tempo de internamento. Mesmo tratando com sucesso, o tratamento com antibiótico não evita que no futuro ocorram novos episódios de apendicite aguda.



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