O que é
O esófago de Barrett aparece na parte terminal do esófago quando as células habituais que existem no revestimento interno (mucosa) são alteradas. Este processo é conhecido como metaplasia intestinal.
Cerca de 5% da população apresenta algum grau de esófago de Barrett. A acidez persistente que existe no esófago de pessoas com refluxo gastroesofágico é o principal fator de risco para o aparecimento desta doença. Os outros fatores de risco são: tabagismo, obesidade e familiares de 1º grau com esófago de Barrett ou adenocarcinoma do esófago.
Alguns doentes não apresentam qualquer sintoma. Se sintomáticos, referem habitualmente azia, sensação de queimor, regurgitação, tosse frequente ou rouquidão.
Na endoscopia alta consegue-se visualizar as alterações no esófago terminal que levantam a suspeita de esófago de Barrett. As biópsias são necessárias para confirmar a existência desta doença e para verificar se existe alguma alteração maligna ou pré-maligna (displasia ou adenocarcinoma).
Qual o risco de cancro
O esófago de Barrett não é cancro, mas aumenta o risco de cancro se associado a displasia.
Se for uma displasia de baixo grau, o risco de aparecimento de um cancro do esófago é cerca de 0,7% por ano. No entanto, se houver displasia de alto grau o risco sobre para 7% por ano.
Como vigiar (seguimento)
O seguimento e tratamento (na maioria das situações) é realizado pelos médicos especialistas em gastroenterologia.
A vigilância é feita com endoscopia digestiva alta com uma periodicidade que depende do tamanho das lesões visíveis na endoscopia e do resultado da biópsia (existência ou não de displasia e do tipo de displasia - baixo ou alto grau).
Numa lesão pequena sem displasia, a vigilância pode ser feita com uma endoscopia alta a cada 3 a 5 anos, enquanto que nas lesões com displasia a vigilância deve ser mais apertada e ponderada a realização de algum tipo de tratamento endoscópico (resseção endoscópica, ablação por radiofrequência).
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