O que é:
O hiperparatiroidismo primário ocorre quando uma ou mais glândulas paratiróides produzem níveis elevados de paratormona (PTH). Este excesso de PTH vai aumentar a concentração de cálcio no sangue e na urina e reduzir a concentração no osso.
A causa é normalmente desconhecida. Alguns casos podem estar associados a outras neoplasias endócrinas (síndromes MEN - multiple endocrine neoplasia).
A glândula afetada tem um tamanho superior às restantes glândulas. Este aumento de tamanho é habitualmente benigno (adenoma ou hiperplasia), mas em cerca de 1% dos casos por ser por neoplasia maligna (carcinoma).
Sintomas:
Os sintomas estão relacionado com o aumento do cálcio presente na circulação sanguínea e na urina (em parte, o cálcio foi removido do osso):
» 25% litíase renal (pedra nos rins)
» 15% patologia óssea (osteopenia, osteoporose, osteite)
» 20% dor (úlcera péptica, pancreatite, litíase vesicular)
» 50% distúrbios psiquiátricos (fadiga, depressão, ansiedade, irritabilidade, falta de concentração, insónia)
Diagnóstico:
a suspeita de hiperparatiroidismo, os doentes necessitam de fazer alguns exames:
» Análises (PTH, cálcio, fósforo) - permitem confirmar a suspeita de hiperparatiroidismo
» Ecografia cervical - identificar a presença de uma (ou mais) glândula paratiróide de tamanho aumentado
» Scan com sestamibi (medicina nuclear) - identificação da glândula paratiróide afetada
Também podem ser pedidos exames para avaliar o atingimento de outros órgãos:
» Análise à urina - permite avaliar a função renal e quantificar a presença de excesso de cálcio na urina
» Ecografia ou TC renal - para avaliar a presença de litíase renal
» Densitometria óssea - para avaliar o grau de reabsorção óssea
Perante a suspeita de um hiperparatiroidismo, a avaliação inicial é feita por um Endocrinologista.
Tratamento:
Após a avaliação inicial pelo Endocrinologista, a maioria dos doentes com hiperparatiroidismo primário necessitam de uma intervenção cirúrgica para remover a glândula paratiróide afetada (paratiroidectomia).
Atualmente a excisão faz-se por uma mini-incisão cervical ou por laparoscopia. Durante a cirurgia faz-se um doseamento da hormona PTH para confirmar que a glândula removida foi a correta.
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